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Quando engravidei, meu marido expressou algumas vezes o medo de como seria quando o bebê nascesse, que ele só ia querer a mãe e o pai ficaria para trás, que o bebê não ia gostar dele. Aquelas bobagens que pensamos quando estamos grávidos e não fazemos idéia do que está por vir.
Lógico que quando a Bella nasceu, mesmo nas condições em que tudo aconteceu, o Bryan logo teve tempo de iniciar o “processo” de se tornar pai, pois afinal, somos mães desde o minuto em que engravidamos, mas os pais só se sentem pais de verdade quando o filho nasce e têm aquele contato de pele com o bebê.
Não preciso dizer que a expressão filhinha do papai ganhou novas proporções aqui em casa, a Bella é alucinada pelo pai dela, sorte que não sou ciumenta, pois a primeira palavra dela, como vocês sabem, foi Butters e a segunda Daddy! Mamãe a terceira, mas tudo bem, nada que 15 anos de terapia não cure.
A revista Canadian Living fez uma mini reportagem sobre dicas para os pais estreitarem o relacionamento com os seus bebês e achei super interessante e gostaria de dividir com vocês.
- Quando o seu filho nascer e for para casa, aqueça o quarto, o deixe apenas de fraldinha e tire a sua camisa. Assim como o famoso “canguru” faz maravilhas para o contato da mãe e bebê e para prematuros, ele faz maravilhas para o contato de pele do papai e seu filhote.
O Bryan fazia isso direto no hospital com a Bella, a pedido médico inclusive, e acredito que isso tenha estreitado o relacionamento deles logo de início.
- Ser pai e mãe é muito difícil, e às vezes os pais guardam sentimentos de dúvida e frustração e não o dividem com medo de parecerem inapropriados. Divida as suas angústias com o seu parceiro, pais bem resolvidos criam filhos bem resolvidos.
- Se possível, faça algumas mudanças nos horários de trabalho logo que seu filho nascer. Saia de casa mais tarde e participe um pouco da rotina da manhã. Ou saia do trabalho mais cedo e chegue em casa a tempo de dar banho no seu filhote.
- Sempre reserve tempo para fazer programas sozinho com o seu filho: seja uma ida a sorveteria, jogar bola no campinho ou ir ao cinema. A companhia da mãe é sempre boa, mas pai e filho precisam de um tempo juntos, sozinhos!
- Lembre-se, ser pai é um trabalho para a vida toda e o aprendizado nunca pára. Seja sempre sensível às necessidades do seu filho e responda à elas sempre que possível, criando assim um relacionamento de mútua confiança.
Gaúcha de Porto Alegre, morando no Canadá há 12 anos, mãe de uma prematurinha extrema há 6 anos e empresária, dona de uma escolinha infantil em Vancouver. Autora do blog Botõezinhos desde 2011.